Empresa britânica esconde 45 anos que a medicina da azia causa cancro

A empresa farmacêutica sabia dos perigos, mas escondeu-o. Em quase meio século, o Zantac tornou-se o medicamento mais vendido no mundo. Em 2019, os cientistas descobriram que não era o principal ingrediente do medicamento (Ranitidina) que era tóxico, mas sim a substância que criou, N-Nitrosodimetilamina (NDMA). Desde 2020, os países proibiram a venda do fármaco e retiraram a sua licença.

Desde os anos 70, a NDMA tem sido considerada uma das mais potentes substâncias cancerígenas. A substância provocava cancro em todas as espécies de ratos testados. Uma dose única de menos de um miligrama pode causar mutação celular e o desenvolvimento de tumores, enquanto 2 gramas podem matar uma pessoa em poucos dias.

É possível que Glaxo soubesse do problema desde o início, mas não o tenha indicado nos resultados do estudo de carcinogenicidade do medicamento. Além disso, a empresa manipulou os ensaios do medicamento para obter as conclusões certas.